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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Correndo atrás da Lenda Pessoal

Há mais ou menos 15 dias atrás, eu e minha esposa estavávamos trabalhando, era um domingo normal com o head na cabeça. Ela, viciada em leitura, estava com o "O Alquimista", de Paulo Coelho nas mãos. Rapidamente fechou o livro, virou-se para mim, e apenas disse:

"Esse livro tem a sua cara. Leia."

Pra variar, a restrição veio. Não queria ler no início, mas, entendi o insight dela. Além do mais, todo insight é  pra ser respeitado, não importa de quem seja.

Pensei, "putz, Paulo Coelho... É bom mesmo?" Nunca havia lido o autor, cujas obras já passaram nas mãos de pessoas do mundo inteiro, inclusive o ex-presidente estadunidense Bill Clinton. Só gostava dele só por causa de sua importância, sem mesmo ler um título sequer.

Estudei Kabbalah em 2009, um pouco depois de ter terminado o ensino médio, eu tinha 17 anos de idade, e tudo o que eu havia estudado ficou "pingando na mente" enquanto eu lia o livro. Até a didática da edição, me lembrou "O Poder da Kabbalah" do Rabino Yehuda Berg: páginas com pouco texto e com forte teor de análise em cada frase.

Confesso que, gostei demais do livro, o contexto me envolveu, pensei muito durante a leitura. O mais engraçado, foi a coincidência: o nome do protagonista, citado umas duas vezes, é Santiago. Quem leu "Crônicas de uma Morte Anunciada", do colombiano Gabriel Márquez, sabe que o protagonista também chama Santiago, mas tem sobrenome, que é Nasar.

Eu não vou contar o livro aqui, obviamente, mas vou resumir em forma de sinopse. O jovem pastor espanhol Santiago deixa a terra de Federico Lorca, a Andaluzia, em busca de um suposto tesouro, que segundo um insight dele, estava encontrado nas pirâmides de Gizé. Largou a boa vida na Espanha, e foi atrás desse tesouro. Passou quase uma década no Marrocos como vendedor de cristais. Criado para ser padre, conheceu as coisas boas do islamismo, e chegou a conhecer o tal alquimista em um oásis no meio do deserto e, certamente, encontrou o tesouro.

Contudo, o que mais me chamou  a atenção, foi que o jovem pastor, largou tudo em busca do seu sonho, o que falaram para Santiago, a "lenda pessoal". Passou por poucas e boas, aguardou nove anos para seguir em frente. Juntou uma grana, enfrentou a morte, se apaixonou e chegou lá. Acreditou mesmo no sonho que ele teve.

Olha, mesmo com linguagem cabalística, o livro chama o leitor pra pensar bem sobre o que sonha, e se vale a pena "se jogar" para o seu sonho. Para o meu, creio que vale.

Convido a você que lê esse texto, a ler os livros citados e prestar muita atenção sobre o que você deseja.

Como aprendi na Kabbalah, que o você deseja pode afetar todos a sua volta.

Corra atrás da sua lenda pessoal. E se divirta com os obstáculos.


(Também disponível no Aricanduva Broadcasting Brother)

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