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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Madrugada de 02/01/12, 01:15am...

Todo domingo que eu trabalho, é a mesma coisa. Óbvio, todos temos rotinas, ainda mais quem tem uma rotina puxada, como eu e minha esposa.

Mas, nesse final de domingo, parece que tudo soou diferente. E não foi o alarme da polícia.

Moro na região do Aricanduva, Zona Leste, "orgulho de Sampa". Mais precisamente no Jardim das Rosas. A lotação de mesmo nome que sai do Metrô Tatuapé tem a sua última partida ás 00:35 aos domingos. Além de mim - de vez em quando, eu e a minha esposa, vem sempre 2 ou 3 passageiros a mais.

Não foi o que eu vi. Já cheguei na ponto, e tinha muita gente. 2012 começou com a última viagem lotada. Incrível. Tudo bem que a maioria desceu na Rua Lutécia, mas...

No caminho, fui escutando a seleção das 500 maiores músicas da história do Rock, na rádio Kiss FM (São Paulo - 102.1), apertado, como se fosse uma viagem lá pelas 06:45am.

Quando a maioria desceu, eu percebi um homem, um rapaz caucasiano, cabeludo, todo de preto, um rockeiro normal. Até aí, tudo bem. Se não fosse algo.

Suas mãos estavam riscadas de machucados, parecia ser feitos com lâmina, desenhos bem estilizados. Olhei durante uns bons segundos, assustado, claro.

No momento em que eu escuto a frase "We no need no education" (Não precisamos de nenhuma educação) de "Another Brick In The Wall", hino do Pink Floyd, bem em frente da Escola Estadual Professor José Marques da Cruz, onde concluí o ensino médio.

Sinal?

Essa mesma banda me distraiu bem quando eu ía descer da lotação. Eu pensei que tinha passado do ponto, quando na verdade, nem chegou. Concentrado em "Confortambly Numb", desci e nem pedi desculpas.

Todo domingo é a mesma coisa, mas na primeira madrugada pós-feriado de 2012, a volta pra casa me pareceu uma verdadeira aventura.

Rumo ao lado obscuro da lua. (Caso não entenderem, jogue no Google Tradutor.)

(Disponível também no Aricanduva Broadcasting Brother)

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