A conversa é o maior jornal.
Através dela, sabemos novidades, notíicias, acontecimentos, eventos.
Entretanto, há conversas que você não quer ter com seu melhor amigo, mãe, esposa, marido, irmão...
Muito menos, em uma simples oração.
Sempre é necessário pensar.
Preciso ter uma conversa com D'us, lá em cima.
Só não sei se vou voltar.
Muito se questiona, quem não costuma conversar.
São sábios. Nunca vão falar demais ou falar o que não deve.
Mas a falante sociedade os condena.
Temos que aprender com eles.
E nunca sentir pena.
Sempre é necessário pensar.
Preciso ter uma conversa com D'us, lá em cima.
Só não sei se vou voltar.
Ás vezes, o silêncio é o melhor barulho.
O maior silêncio fere o orgulho.
O cheio torna-se vazio.
O barulhento torna-se silencioso.
O que era cheio de vida torna-se...
Sem esperanças.
Se é sempre necessário pensar,
A vontade de ter essa conversa com D'us lá no céu, ou seja lá onde Ele estiver, é presente.
Só não sei se vou vou voltar.
Só não sei se quero voltar.
A vontade de correr é mesma do que a vontade de ficar parado.
A vontade de morrer dormindo é a mesma do que a vontade de viver acordado.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Passe adiante
Lá estava eu com minha família, em férias, num acampamento isolado e com carro enguiçado.
Isso aconteceu há 5 anos, mas lembro-me como se fosse ontem.
Tentei dar a partida no carro. Nada..
Caminhei para fora do acampamento e felizmente meus palavrões foram abafados pelo barulho do riacho.
Minha mulher e eu, concluímos que éramos vítimas de uma bateria arriada.
Sem alternativa, decidi voltar á pé até a vila mais próxima e procurar ajuda.
Depois de uma hora e um tornozelo torcido, cheguei finalmente a um posto de gasolina.
Ao me aproximar do posto, lembrei que era domingo e é claro, o lugar estava fechado..
Por sorte havia um telefone público e uma lista telefônica já com as folhas em frangalhos.
Consegui ligar para a única companhia de auto-so corro que encontrei na lista, localizada a cerca de 30km dali…
- Não tem problema, disse a pessoa do outro lado da linha, normalmente estou fechado aos domingos, mas posso chegar aí em mais ou menos meia hora.
Fiquei aliviado, mas ao mesmo tempo consciente das implicações financeiras que essa oferta de ajuda me causaria.
Logo seguíamos, eu e o Zé, no seu reluzente caminhão- guincho em direção ao acampamento.
Quando saí do caminhão, observei com espanto o Zé descer com aparelhos a perna e a ajuda de muletas para se locomover.
Santo Deus ! Ele era paraplégico!!
Enquanto se movimentava, comecei novamente minha ginástica mental em calcular o preço da sua ajuda.
É só uma bateria descarregada, uma pequena carga elétrica e vocês poderão seguir viagem, disse-me ele.
O homem era impressionante, enquanto a bateria carregava, distraiu meu filho com truques de mágica, e chegou a tirar uma moeda da orelha, presenteando-a ao garoto.
Enquanto colocava os cabos de volta no caminhão, perguntei quanto lhe devia.
Oh! nada – respondeu, para minha surpresa.
- Tenho que lhe pagar alguma coisa, insisti.
- Não, reiterou ele. Há muitos anos atrás, alguém me ajudou a sair de uma situação muito pior, quando perdi as minhas pernas, e o sujeito que me socorreu, simplesmente me disse:
- Quando tiver uma oportunidade, “Passe isso adiante”.
Eis minha chance… Você não me deve nada! Apenas lembre-se:
Quando tiver uma oportunidade semelhante, faça o mesmo…
“Somos todos anjos de uma asa só, precisamos nos abraçar para alçar vôo”
Autor Desconhecido
Quem é o idiota da história?
Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia.
Um pobre coitado, de pouca inteligência, que vivia de pequenos biscates e esmolas.
Diariamente, eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400$ e outra menor de 2000$.
Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
- Eu sei, respondeu o não tão tolo assim. Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda.
Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.
Primeira: Quem parece idiota, nem sempre “é”.
Segunda: Quais eram os verdadeiros babacas da história?
Terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.
Mas a conclusão mais interessante é:
A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, o que realmente somos.
“O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente”
Autor desconhecido
Fazendo Terapia
Existem dois tipos de loucos, o louco propriamente dito e o que cuida do louco: o analista, o terapeuta, o psicólogo e o psiquiatra.
Sim, somente um louco pode se dispor a ouvir a loucura de seis ou sete outros loucos todos os dias, meses, anos. Se não era louco, ficou.
Durante quarenta anos passei longe deles. Pronto, acabei diante de um louco, contando todas as minhas loucuras acumuladas.
Confesso, como louco confesso, que estou adorando estar louco semanalmente.
O melhor da terapia é chegar antes, alguns minutos, e ficar observando os meus colegas loucos da sala de espera. Onde, de fato, a minha terapia é uma casa grande com oito loucos analistas. Portanto, a sala de espera sempre tem três ou quatro ali, ansiosos, pensando na loucura que vão dizer dali a pouco.
Ninguém olha para ninguém. O silêncio é uma loucura. E eu, como escritor, adoro observar pessoas, imaginar os nomes, a profissão, quantos filhos têm, se são rotarianos ou leoninos, corinthianos ou palmeirenses.
Acho que todo escritor gosta desse brinquedo, no mínimo. criativo. E a sala de espera de um “consultório médico”, como diz a atendente absolutamente normal (apenas uma pessoa normal lê tanto Paulo Coelho como ela), é um prato cheio para um louco escritor como eu.
Senão vejamos: Na última quarta-feira, estávamos: (1) eu, (2) um crioulinho muito bem vestido, (3) um senhor de uns sinqüenta anos e (4) uma velha gorda. Comecei, claro, imediatamente a imaginar qual seria o problema de cada um deles. Não foi difícil, porque eu partia do principio de que todos eram loucos, como eu. Senão, não estariam ali, capisbaixos e ensimesmados.
(2) O pretinho, por exemplo. Claro que a cor, num país racista como o nosso, deve ter contribuído muito para levá-lo até aquela poltrona de vime. Deve gostar de uma branca, e os pais dela não aprovam que conseguiu entrar como sócio do “Harmonia do Samba”. Notei que o tênis estava um pouco velho. Problema de ascensão social com certeza. O olhar dele era triste, cansado. Comecei a ficar com pena dele. Depois notei que ele trazia uma mala. Podia ser o corpo da namorada esquartejada lá dentro. Talvez apenas a cabeça. Devia ser um assassino, ou suicida, no mínimo. Podia ter também uma arma lá dentro. Podia ser perigoso. Afastei-me um pouco dele no sofá. Ele dava olhadas furtivas para dentro da mala assassina.
(3) O senhor de terno preto, gravatas, meias e sapatos também pretos? Como ele estava sofrendo, coitado. Ele disfarçava, mas notei que tinha um pequeno tique no olho esquerdo. Corno, na certa. E manso. Corno manso sempre tem tiques. Já notaram? Observo as mãos. Roia as unhas. Insegurança total, medo de viver. Filho drogado? Bem provável. Como era infeliz esse meu personagem. Uma hora tirou o lenço e eu já estava esperando as lágrimas quando ele assoou o nariz violentamente, interrompendo o Paulo Coelho da outra. Faltava um botão na camisa. Claro, abandonado pela esposa. Devia morar num flat, pagar caro, devia ter divídas astronômicas. Homossexual? Acho que não. Ninguém beijaria um homem com um bigode daqueles. Tingido.
(4) Mas a melhor, a mais doida, era a louca gorda e baixinha. Que bunda imensa. Como sofria, meu Deus. Bastava olhar no rosto dela. Não devia fazer amor a mais de trinta anos. Será que se masturbaria? Será que era esse o problema dela? Uma velha masturbadora? Não! Tirou um terço da bolsa e começou a rezar. Meu Deus, o caso é mais grave do que eu pensava. Estava no quinto cigarro em cinco minutos. Tensa, coitada. O que deve ser dos filhos dela? Acho que os filhos não comem a macarronada dela a dezenas e dezenas de domingos. Tinha cara de quem mentia para o analista. Minha mãe rezaria uma Salve-Rainha por ela, se a conhecesse. Acabou meu tempo. Tenho que ir conversar com o meu psicanalista. Conto para ele a minha “viagem” na sala de espera.
Ele ri, ri muito e diz(2) O pretinho é nosso office-boy. (3) O de terno preto é representante de de um laboratório multinacional de remédios lá do Ipiranga e passa aqui uma vez por mês com as novidades. (4) E a gordinha é a Dona Dirce, a minha mãe.
E (1) você! não vai ter alta tão cedo…
Mário Prata
Todos nós temos o nosso dia de fúria
Todos nós temos o nosso dia de fúria...
Antes eu achava isso uma bobagem, mas ultimamente ando tendo muitos dias desses.
Hoje, por exemplo.
Sabe, a injustiça que acontece nesse país me deixa muito revoltada.
Dá vontade de matar as pessoas que finjem não ver isso.
Quantas pessoas passando fome na rua, e uma vaca que quer voltar para a mídia processa um humorista por causa se uma piada de mal gosto.Por que essa idiota num tenta fazer algo de util? Será que é dificil...
Isso me deixa revoltada, por exemplo, algumas pessoas tem dinheiro e fama o suficiente para mudar a vida dos que realmente necessitam, mas o que fazem?
Nada!! Por que são inúteis...
E eu, que nasci pobre, e luto todo o dia para ter o meu lugar ao sol, faço o que posso (e as vezes o que não posso) para ajudar os necessitados.
É por coisas como essa, que eu acho que seria obrigação de quem esta na mídia, sendo politico ou artista, de cuidar do seu país...
FAÇAM ALGO DE ÚTIL!!!!!!!!!!
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